25 agosto 2009

decretO cOntra o mEdO

RUDOLF STEINER

Nego submeter-me ao medo, Que tira a Alegria de minha liberdade, Que não me deixa arriscar nada, Que me torna pequeno e mesquinho, Que me amarra, Que não me deixa ser direto e franco, Que me persegue, Que ocupa negativamente a minha imaginação, Que sempre pinta visões sombrias. No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo. Eu quero viver, não quero encerrar-me. Não quero ser amigável por medo de ser sincero. Quero ser firme porque estou seguro. E não porque encobri meu medo. E quando me calo quero fazê-lo por amor. E não por temer as consequências de minhas palavras. Não quero acreditar em algo só por medo de acreditar. Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto. Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável. Não quero impor aos outros, pelo medo de que possam impor a mim. Por medo de errar não quero tornar-me inativo. Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo. Por convicção e amor, quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer. Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor. E quero muito crer no reino que existe em mim.

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